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COVID-19: Economia e seus impactos para a Construção Civil

  • Foto do escritor: projetos4883
    projetos4883
  • 30 de mar. de 2020
  • 4 min de leitura

Descoberto na China em dezembro passado, o corona vírus já infectou mais de 700 mil pessoas em todo o mundo. Além de abalar os sistemas de saúde mundiais, a doença está derrubando governos e economias por onde passa. Diversos setores vem sendo atingidos e a COVID-19 também está causando impactos na construção civil. Países de todos continentes estão criando estratégias a fim de mitigar os efeitos sociais e econômicos decorrentes da pandemia. Esta é uma crise de proporções jamais vistas pela nossa geração.

No Brasil não é diferente visto que o governo vem reforçando a necessidade de reformas para remanejar investimentos e aliviar gastos. Para tanto, em um cenário otimista, calcula-se que o impacto da pandemia no crescimento do PIB seja de menos 0.10 pontos percentuais. Em contrapartida um cenário extremo indica queda de 0.66. As medidas preventivas para a redução da disseminação do vírus estão na linha de frente do planejamento de combate à pandemia. Porém, são estas medidas que causam impacto direto em praticamente todos os setores que movem a economia.

A construção civil e os impactos econômicos gerados pela COVID-19.

Dados do Sebrae mostram que a Construção Civil movimenta mais de 70 setores da economia. Além disso, o setor representa 6,2% do PIB e emprega mais de 17 milhões de pessoas em todo país. Portanto a atividade é fundamental para a economia, sendo ela também responsável pela ampliação da estrutura hospitalar.

De acordo com a CBIC, já são mais de 4.600 obras de infraestrutura que estão paradas no Brasil. Economicamente, estima-se que 6,8 milhões de trabalhadores que vivem em condições sociais menos favorecidas sofram com o repentino corte salarial. Ademais a paralisação das obras traz inúmeros prejuízos ao setor devido a deterioração irreversível de bens como máquinas e equipamentos. A estagnação do capital investido sem perspectivas reais de retorno do investimento é outro ponto de destaque. Em consequência disso, o pagamento de terceiros, colaboradores e fornecedores vem sendo exaustivamente renegociados.

Diante de tal impasse e na tentativa de reduzir tamanho impacto econômico, diversos estados têm defendido a permanência das obras. Este é o caso de São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais e Paraná.

A tomada de decisão e seus efeitos psicológicos.

De um modo geral, o medo da doença e as restrições econômicas colocam em xeque o instinto de sobrevivência.  Soma-se a isto o isolamento social e a combinação resulta em preocupação, incerteza e ansiedade. 

Por outro lado, é exigido o posicionamento dos que estão na liderança sendo pressionados a fazer escolhas cujas consequências têm efeito cascata. Em outras palavras, as decisões causam impacto direto nas vidas das famílias dos públicos envolvidos em suas organizações. É provável que os proprietários de negócios de todos os portes sintam-se pressionados a abdicarem de projetos e colaboradores. Decisões difíceis devem ser tomadas. Demissões e cancelamento de contratos devem acontecer em grande parte devido a falta de recursos ocasionada pela má gestão. Isso sem falar na grande parcela de ações que vem sendo pautadas no medo do que ainda está por vir.

Ações imediatas para reduzir os impactos da COVID-19 na construção civil.

É necessário ter uma visão sistêmica com maior previsibilidade, deste modo são vislumbradas com mais clareza as ameaças e oportunidades. Em outras palavras, a gestão eficiente nunca exerceu papel tão importante quanto agora. Este é o momento de se organizar! Diversas medidas podem ser tomadas antes do corte de colaboradores ou cancelamento dos contratos.

Para reduzir os impactos da COVID-19 a construção civil pode escalonar o pessoal em diferentes horários na obra evitando aglomerações; organizar a equipe administrativa em trabalho home office; antecipar férias individuais e coletivas e remanejar alguns colaboradores. Todavia caso a equipe seja realmente reduzida, os colaboradores restantes podem executar tarefas que antes vinham sendo negligenciadas. Tarefas estas que agora poderiam estar gerando recursos e indicadores fundamentais para deixar a empresa em uma situação mais confortável. Por isso mais do que nunca, o foco agora é na gestão.

Medidas anunciadas pela Caixa Econômica Federal e BNDES.

O governo já anunciou medidas ao setor da construção civil por meio da Caixa Econômica Federal. Foi suspenso o pagamento de até duas parcelas de financiamento às pessoas jurídicas para os contratos ativos; prorrogada a validade da análise das pessoas jurídicas para até 90 dias; prorrogada a validade das análises de crédito no prazo adicional das novas por mais 60 dias; foram permitidos ajustes nos planos de venda dos empreendimentos por mais 60 dias. Além disso poderá ser reformulado o cronograma de obra sem cobrança de tarifa para reformulação.

Concomitantemente o BNDES lançou dia 22/03 iniciativas que somam R$ 55 bilhões para mitigar o impacto da crise do coronavírus. O foco é na geração de caixa das empresas e na manutenção de dois milhões de empregos.

A Caixa dará apoio às micro e pequenas empresas reduzindo até 45% dos juros nas linhas de capital de giro com taxas a partir de 0,57% a.m. Além disso, as linhas de aquisição de máquinas e equipamentos terão taxas reduzidas e até 60 meses para pagamento.

Já para contratos habitacionais de pessoa física, os clientes poderão solicitar a pausa estendida de até duas prestações pelo APP Habitação CAIXA. Em contrapartida, as empresas poderão solicitar pausa estendida de até duas prestações em seus contratos habitacionais. A Caixa também afirmou que tem condições de ampliar a oferta de crédito, no atual momento de crise.

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